quinta-feira, 10 de julho de 2008

Escalas

Opa! Primeira parada rápida que faço aqui para o blog... (desculpem o atraso, o blog foi inaugurado dias atrás!!)
Faz tempo que quero escrever aqui, e a mesma quantidade de horas que penso que existem outras coisas -não mais importantes, mas talvez mais urgentes- que eu tenho que fazer...
Isso tudo me fez pensar em tempo. Trabalho numa área em que o tempo de vida médio dos seres humanos pode ser visto como simplesmente ridículo: nada acontece nem se preserva para o futuro (da Terra) em minutos, horas, dias ou dezenas de anos... *tá, vamos colocar aqui um "quase nada", já que sempre existem excessões....
Mas quando se trata de relógio geológico o tempo é tido como milhares de anos que se passaram!
Veja bem, com isso não quero dizer que o tempo que estou gastando aqui, explicando sobre o próprio tempo - em outra escala - não seja precioso, ele é meu. Mas(......), será que é precioso mesmo?
Vamos ser sinceros: se você deixou de almoçar esta semana por falta de tempo, a Terra - sim, o nosso planeta Terra, nossa casa, nosso lar no sistema solar, a mãe-Terra - não está nem aí pra você, afinal de contas você é um dentre tantos humanos zanzando por aí... mas tenho certeza de que se você contar pra sua mãe que faz uma semana que você não almoça, e ainda por cima dando a desculpinha esfarrapada de que estava sem tempo, não há dúvida: sua mãe vai se importar...com certeza!
Se, de outro modo, nós abordarmos o tema em escala diferente, podemos chegar à conclusão de que normalmente mamíferos verdadeiros, vivíparos, com gestação longa possuem o chamado cuidado parental (exemplificado acima como sua mãe se peocupando com você).*tá certo, tá certo, alguns répteis e anfíbios também apresentam este tipo de preocupação, mas vamos nos deter nos mamíferos.
Afinal, o que o cuidado parental tem a ver com a escala do tempo humano?
O que é que está escrito aqui, nas eS(N)trelinhas???
A moral da história é a seguinte: se você está lendo este texto, é certo que você é humano, veio de uma progenitora a qual você chama de mãe, e além disso tem um computador... vive nos dias atuais, claro, afinal, até o momento, somente os livros e os paleontólogos podem falar e viver o passado; por tudo isso você é provavelmente uma pessoa que se diz "meio sem tempo pra nada".
Talvez a escala não seja a palavra mais certa: talvez a que melhor defina o que estou tentando dizer é simplesmente o ponto de vista.
Do ponto de vista da evolução natural, das espécies e da Terra, você não significa nada. * vamos abrir um parentêses aqui: talvez para o Roberto Justos, você também não signifique nada. Mas do ponto de vista do tempo humano, com os segundos, minutos e horas passando, sua mãe te ligando, seus amigos querendo te ver, o seu trabalho, o seu dia-a-dia, sim, existe uma importância envolvida.
Não jogue fora a sua vida pensando que nada do que você faz poderá ser lembrado por outras civilizações... tampouco faça isso no intuito de ser quem você não é.
Tudo é uma questão de ponto de vista.

Um comentário:

Andressa Mariano disse...

Nossa, e isso mesmo, o tempo é muito curto, e as vezes gastamos mais tempo pensando no que fazer com ele, do que aproveitando nosso efêmero tempo!!!!!!!!!!!